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RESIDÊNCIAS
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Fevereiro/Março
Flávio Rodrigues
.A música e respectivo video “Till The world Ends” de Britney Spears inauguram este projecto – G.O.D. – onde é construída uma árvore genealógica como mapa referencial, sendo a noção de ramificação um dos aspectos essenciais. No entanto, este mapa é bastante particular: à medida que evolui, os pontos de partida vão-se diluindo, tornando-se menos óbvios ou concretos para passarem a uma existência quase líquida, como no caso de conceitos como o tempo e a memória.Em G.O.D., a construção de uma paisagem sonora é essencial, potenciando algumas imagem, e promovendo a criação de padrões mentais associados a estereótipos que se vão tornando menos óbvios e se transformam continuamente, gerando paisagens inesperadas, globalizadas. Emergem assim possibilidades de mapeamento de forma não cumulativa, mas sempre numa metamorfose constante. Esta é uma peça que propõe uma dança genial em potência, na sua não possibilidade e na sua perfeição, onde ideias sobre o fim e o genial ou o fim e o belo habitam um corpo indefinido pelo género, nas suas vivências, e na sua cronologia experiencial: não há aqui passado ou presente como elementos concretos.G.O.D. conclui-se como uma peça sobre a precisão do fim. À paisagem sonora, juntam-se um corpo e um lugar de acção globalizados, com as referências a desterritorializarem-se, complexos no sentido identitário, abstractos, desafiando aparentes simplicidades no espanto da descoberta de existir. Existe neste projecto um conjunto de regras onde emergem zonas de conforto pela desistência, e zonas de desconforto pelo bloqueio relativamente a acções pré-definidas. Entre o conforto e o desconforto, há a evocação, a paixão, o não retorno, o escape. É um ritual que, nos ricochetes entre o concreto e o abstracto, falha.G.O.D. dá assim continuidade a um percurso onde a experiência autobiográfica e os elementos autoreferenciais têm estado presentes desde 2006 sendo, no entanto, um momento de quebra, de mudança e de perspectiva nesse percurso. Há neste projecto um corpo que não é o meu. Sendo bastante mais jovem, apesar de escolhido por semelhança, transforma esta peça num exercício sobre a memória, sobre as possibilidades de me olhar através de um outro, e sobre um corpo enquanto espaço aberto a novos questionamentos e paradigmas. Assim, G.O.D. é um mapeamento de territórios, onde a capacidade de aceitar, mudar, perdoar, deixar ir, lutar, querer e não querer estão presentes em ricochetes, e cujo objectivo ou desejo é perdermo-nos por entre possibilidades de colaboração intérprete-criador.Concepção cénica, coreográfica e musical de Flávio RodriguesInterpretação Bruno Cadinha
Documentação Telma João Santos
Imagem promocional Carla Valquaresma
Apoio: “Um lugar para a dança” | EIRA, Balleteatro, Galeria ZDBAgradecimentos: Nome Próprio -
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