• RESIDÊNCIAS
  • De 7 a 28 de Fevereiro de 2017

    Sérgio Diogo Matias

    smatias

    ‘A proposta para este projeto baseou-se no material desenvolvido durante o curso do Forum Dança, PEPCC 2013/2014, para um solo (Insólido). Investiga as potencialidades desta fisicalidade em dueto, procurando novas relações físicas e quais os novos caminhos que estes movimentos possibilitam.
    O ponto principal do trabalho assenta sobre uma certa impossibilidade de mover, um constrangimento ou um bloqueio. Constrói-se uma partitura de regras que condicionam o corpo e a sua funcionalidade. Surge uma dicotomia num mundo de imagens que pairam entre ser boneco ou parecer pessoa. Este projeto procura a fricção entre o ser e o parecer, provocando uma simultaneidade de ideias, em parte, contrastantes, como plástico vs. carne, virtual vs. real, boneco vs. humano. Esta ambiguidade estende-se, também, à matriz do movimento, no sentido em que, na realidade, os corpos estão capacitados de se moverem, no entanto, as regras criadas provocam uma impossibilidade fictícia de movimento.’

    Sérgio Diogo Matias

     

    Nota Biográfica

    Inicia os seus estudos nas artes plásticas desde cedo. Frequenta o curso de Arquitectura

    do Design, na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, em 2003 e,

    em 2005, o curso de Artes Visuais na Universidade de Évora.

    Em 2008 inicia os seus estudos mais intensivos em dança e ingressa na Licenciatura em

    Dança – Interpretação/ Criação – Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de

    Lisboa. No último ano da Licenciatura, através do programa Erasmus, frequentou a ArteZ

    Dance School em Arnhem. Em 2011 tem a oportunidade de trabalhar como intérprete na

    criação coreográfica de José Laginha “Não temos pátria, temos barbatanas!”, aeito, devir,

    CAPA; e também como intérprete para a Companhia Instável, nos projectos “30 por uma

    linha” e “O Homem que só pensava em números”, por Pedro Carvalho.

    Em 2012 é intérprete no projecto comunitário Fio Terra, para a Capital Europeia da Cultura,

    direcção artística de Joana Antunes e também como performer na Maratona de Dança de

    Vila do Conde com projecto independente “EGOSKIN_Men”, de Amélia Bentes. É intérprete

    na peça coreográfica “Ichosahedron” de Tânia Carvalho, no âmbito do Festival Circular, em

    2013, e também na peça “ETERNURIDADE” de Amélia Bentes.

    Aprofunda os seus conhecimentos na área da criação e pesquisa coreográfica como aluno

    do curso do Fórum Dança, PEPCC (2013/ 2014). Durante 2014 participa como performer

    na live instalation, “The Wall”, de Vânia Rovisco e também na exposição de André Guedes,

    Cena IV, CAM, Fundação Calouste Gulbenkian, com direcção coreográfica de Miguel

    Pereira. Neste mesmo ano tem a oportunidade de co-criar e interpretar “Pastiche”, com

    Luiz Antunes, um projecto que se debruça sobre as formas e linguagens físicas dos

    últimos 20 anos da dança contemporânea portuguesa. “Pastiche” é um projecto apoiado

    através do programa de bolsas de apoio à criação da fundação Calouste Gulbenkian, que

    teve estreia no festival Temps d’Images.