• Eventos
  • Sábado, 25 de Novembro às 17h

    Apresentação do livro António Maria Lisboa, o Eterno Amoroso de Joana Lima

    JML_Props1

     

     

    O poeta português mais importante desde Fernando Pessoa, o timoneiro do Grupo Surrealista Dissidente, o vidente que esquecemos: António Maria Lisboa. Lê-lo é acolhermos o caos hermenêutico em que consiste o sentimento de estar a ler magia. É deixarmo-nos enlaçar numa teia de mares em que cada onda é um fragmento de outra e anões que confundem crime com homenagem e pássaros que vivendo na ditadura salazarista trocam o voo por uma existência de granito e mitos de um oriente budista-taoista-egípcio ensinando que também a poesia é um sonho de si mesma e caminhos tão ascendentes que só poderiam conduzir a estrelas.

    Joana Lima desenlaça-nos desta teia em “António Maria Lisboa: Eterno Amoroso” (Edições Colibri), primeiro livro publicado sobre o poeta. Anos passados a escutar o oráculo da sua obra fragmentária, reunida por Mário Cesariny e Luiz Pacheco, devolve-a aos leitores num pequeno tratado sobre o devir, o amor e a verticalidade em António Maria Lisboa. Desvenda a Metaciência deste poeta, que consiste num método para conseguir atingir o conhecimento poético do mundo, à luz de Hermes Trismegisto, Heraclito, Shakespeare, Paracelso, Rimbaud, Lautréamont, Nietzsche, Breton, Blanchot, entre outros videntes.

    A 25 de novembro, às 17:00, na Livraria Letra Livre da Galeria Zé dos Bois, a autora rodeia-se de quem conhece poeticamente o mundo para provar que Cesariny estava certo quando, em 1981, gritava que “António Maria Lisboa ainda não está bem morto apesar do que têm lido ou escrito!”. A Professora Doutora Tania Martuscelli (University of Colorado) faz a apresentação. As poetas Maria Archer, Matilde Campilho e Raquel Nobre Guerra leem o que houver de mais luminoso na poesia de António Maria Lisboa. O mestre Cruzeiro Seixas testemunha toda a verticalidade do seu companheiro da aventura surrealista.