• Eventos
  • Petição da Amnistia Internacional para os Angola3

    Remove Herman & Albert From Solitary!

    .

    ASSINA A PETIÇÃO DA AMNISTIA INTERNACIONAL

     

    ..

    Como infelizmente, já tivemos ocasião de referir, Angola 3 é o nome pelo qual são conhecidos Herman Wallace, Albert Woodfox – os fundadores da primeira e única célula do Black Panther Party atrás das grades – e Robert Hillary King, detidos em regime de solitária durante décadas, na prisão Angola.
    Em 2001, após 29 anos em regime de solitária, Robert King foi finalmente liberto.
    Herman Wallace e Albert Woodfox ainda estão presos. Em Março de 2008, transitaram para o dormitório de segurança máxima e posteriormente foram transferidos para outras penitenciárias. Passados mais de 36 anos em solitária, são os prisioneiros dos EUA que mais tempo estiveram detidos neste regime.
    Nos últimos anos os casos dos Angola 3 têm adquirido progressivamente interesse e visibilidade, estando retratados em diversos documentários, projectos artísticos e sócio-politicos.

    .

    Esta é uma campanha da Amnistia Internacional iniciada a 8 de Junho de apoio a Herman Wallace and Albert Woodfox. Paralelamente a um relatório escrito acerca dos seus casos e de um vídeo com Robert King, a Amnistia deu inicio a uma petição on-line dirigida ao Governador de Louisiana Bobby Jindal exigindo que Herman e Albert sejam imediatamente libertos do regime de solitária.
    Para que isto aconteça são necessárias mais assinaturas~

    .

    Assina a petição da Amnistia Internacional

    .

    Transmite esta mensagem pelos teus amigos, libertar Herman e Albert da solitária irá melhorar bastante a sua qualidade de vida e pode ser um passo importante em direcção à sua liberdade.

    Obrigado pelo teu apoio!

    .

    – No final do post consta o press release da petição, também disponível on-line
    – Relatório completo USA: 100 years in solitary: ‘The Angola 3’ and their fight for justice.
    Vídeo da Amnistia Internacional com Robert King

    .

    Mais Sobre Angola 3

    Angola (Louisiana State Penitentiary) localizada no que antes fora uma antiga plantação de escravos com 72m2 é a maior prisão de máxima segurança dos E.U.A. Com mais de 5.000 reclusos e cerca de 1.800 trabalhadores e guardas prisionais, acolhe também o corredor da morte e a câmara de execução do Estado de Louisiana. Em 2010 a sua taxa de ocupação era composta em 76% por homens negros e 24% por brancos, sendo que 71% dos reclusos cumpriam prisão perpétua e a percentagem de sentenciados à morte era de 1.6.

    Nos finais de 1960 a instituição era conhecida por tolerar a corrupção e injustiças praticadas aos recém-chegados ou mais fracos. São comuns os relatos de violações consecutivas, violações em grupo, e de escravidão sexual, praticados de forma recorrente com o consentimento de guardas.

    Por esta altura a actividade dos Panteras Negras na sociedade americana era organizada e abrangente. Em 1970 Robert Hillary King estava preso na prisão Parish de New Orleans quando tomou contacto com alguns dos 12 membros do Partido dos Panteras negras de New Orleans, detidos após violentos confrontos com a polícia.

    Em finais de 1971, em Angola, Herman Wallace e Albert Woodfox criaram a célula do Black Panther Party e deram inicio à organização de petições e greves de fome para protestar contra as condições na prisão. As suas acções direccionavam-se com objectivo a acabar com a segregação na prisão; as violações sistemáticas, a escravidão sexual e com a violência entre presos; obter melhores condições de vida para os reclusos, acabar com a corrupção na prisão e apoiar judicialmente os prisioneiros.

    Em 1972, quando a actividade do partido dentro da prisão atingira progressiva visibilidade, Woodfox e Wallace foram acusados do assassinato do guarda prisional Brent Miller.
    Robert King, apesar de ter chegado a Angola pouco depois da morte de Brent Miller, foi acusado de estar implicado no assassínio.
    A partir de então os três homens foram mantidos em regime de solitária.

    Em 2001, após 29 anos em regime de solitária, Robert King foi finalmente liberto.
    Herman Wallace e Albert Woodfox ainda estão presos em Angola. Em Março de 2008, transitaram para o dormitório de segurança máxima. Após 36 anos em solitária, são os prisioneiros dos EUA que mais tempo estiveram detidos neste regime.

    Desde que saiu da prisão, Robert King tem trabalhado para promover visibilidade nacional e internacional dos Angola 3 e para conseguir a libertação de Wallace e Woodfox. Entre conferências, viagens e apoio comunitário, como forma de suportar a causa vende caramelos a que chama freelines, criados aquando em solitária.

    Nos últimos anos os casos dos Angola 3 têm adquirido progressivamente interesse e visibilidade, estando retratados em diversos documentários, projectos artísticos e sócio-politicos.

    .
    PRESS RELEASE AMNISTIA INTERNACIONAL

    EMBARGO: 7 June 2011, 00:01Hs GMT.

    USA urged to end inmates’ 40 year-long solitary confinement

    The US state of Louisiana must immediately remove two inmates from the solitary confinement they were placed in almost 40 years ago, Amnesty International said today.

    Albert Woodfox, 64, and Herman Wallace, 69, were placed in “Closed Cell Restriction (CCR)” in Louisiana State Penitentiary – known as Angola Prison – since they were convicted of the murder of a prison guard in 1972. Apart from very brief periods, they have been held in isolation ever since.

    “The treatment to which Albert Woodfox and Herman Wallace have been subjected for the past four decades is cruel and inhumane and a violation of the US’s obligations under international law,” said Guadalupe Marengo, Americas Deputy Director at Amnesty International.

    “We are not aware of any other case in the USA where individuals have been subjected to such restricted human contact for such a prolonged period of time.”

    Over the course of decades there has been no meaningful review of the men’s designation to CCR. The only reason given for maintaining the men under these conditions has been due to the “nature of the original reason for lockdown.”

    Both men were originally arrested for armed robbery.
     
    The men are confined to their cells, which measure 2 x 3 metres, for 23 hours a day. When the weather permits, they are allowed outside three times a week for an hour of solitary recreation in a small outdoor cage.

    For four hours a week, they are allowed to leave their cells to shower or walk, alone, along the cell unit corridor.

    They have restricted access to books, newspapers and television. For the past four decades they have never been allowed to work or to have access to education. Social interaction has been restricted to occasional visits from friends and family and limited telephone calls.

    They have also been denied any meaningful review of the reasons for their isolation.

    The men’s lawyers have told Amnesty International that both are suffering from serious health problems caused or exacerbated by their years of solitary confinement.

    Amnesty International has also raised questions about the legal aspects of the case against the two men.

    No physical evidence linking the men to the guard’s murder has ever been found; potentially exculpatory DNA evidence has been lost; and the convictions were based on questionable inmate testimony.

    Over the years of litigation on the cases, documents have emerged suggesting that the main eyewitness was bribed by prison officials into giving statements against the men and that the state withheld evidence about the perjured testimony of another inmate witness. A further witness later retracted his testimony.

    Apart from ongoing legal challenges to their murder convictions, Albert Woodfox and Herman Wallace are suing the Louisiana authorities claiming that their prolonged isolation is “cruel and unusual punishment” and so violates the US Constitution.

    “The treatment of these men by the state of Louisiana is a clear breach of US commitment to human rights,” said Guadalupe Marengo.

    “Their cases should be reviewed as a matter of urgency, and while that takes place authorities must ensure that their treatment complies with international standards for the humane treatment of prisoners.”