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CONCERTOS
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9 e 10 de Junho 2017
2 noites de AfroBaile c/ África Negra (São Tomé e Príncipe) | CelesteMariposa (DJ)
Dos idos de Abril, que é como quem diz em 1974, o Equador estava no mesmo quente local. Os astros alinharam-se por forma a que o Conjunto África Negra começasse a tocar ao vivo no circuito dos ‘fundões’ da capital São Tomé. Divagações astrológicas à parte, estes “fundões”, ou bailes ao ar livre, juntavam sob o mesmo céu e latitude quase zero, com as características temperaturas altas, férteis para a jinga, mestiços (filhos de colonialistas portugueses e escravos africanos), Angolares (descendentes de escravos angolanos naufragados que se fixaram em comunidades piscatórias na zonal sul) e ainda os descendentes de trabalhadores contratados Cabo-verdianos e Moçambicanos que tinham vindo trabalhar para as plantações de café e cacau da ilha. A guitarra solo de Emídio Vaz, a guitarra ritmo de Leonildo Barros e a voz de João Seria fizeram o resto. Nasce a lenda da lânguida “São Tomé Rumba”. Hoje, o Conjunto África Negra é indissociável da edificação cultural e da própria identidade são-tomense, naquele tempo uma nação recém-independente.
Durante a década de 80, a maturação do repertório permitiu-lhes uma fama que levou à internacionalização. Para além de assíduas actuações no país natal, eram frequentes as deslocações a Portugal, Angola e Cabo Verde. Com um reportório original de cerca de 40 a 50 canções, gravadas na Rádio Nacional de São Tomé e posteriormente editados em 3 LP prensados e editados em Portugal pela já extinta Iefe Discos.Só em 1990 é ditado o fim da banda, depois de uma digressão nas ilhas de Cabo Verde. O vocalista João Seria e o baixista Pacheco decidiram não regressar a São Tomé, ficando em Praia, tal era a adoração de que gozavam. As actuações passaram a ser bastante mais intermitentes, mas sempre aclamadas por uma verdadeira legião de fãs. Ontem como hoje. Porque, muito embora a sua actividade seja bastante mais intermitente ao longo dos últimos 20 anos (à excepção de um CD com músicas novas, editado a em 2008 – “Cua na Sun Pô Na Buà Fa” e o concerto no B.Leza a 31 Julho de 2014 com lotação esgotada), a lendária banda São Tomense fecha a tour Europeia (Amsterdam,PARADISO NOORD, Rotterdam, GROUNDS, Copenhagen, GLOBAL CPH, Nijmegen, MUSIC MEETING FESTIVAL, Brussels, MUZIEKPUBLIQUE, Coimbra, SALAO BRASIL) num duplo Afrobaile com inúmeros convidados.
Muitas das suas antigas gravações continuam a ser clássicos habitualmente rodados nos sets de CelesteMariposa ou dos Irmãos Makossa, na rádio São Tomense e na Internet.
Esta não vai ser uma mera viagem ao passado. Será um reencontro com a génese são-tomense, oportunidade para o país reunir-se, num forte abraço e muita dança, com este mito vivo da música e cultura de S. Tomé e Príncipe, Património Sensorial da Humanidade!
Puxxxa!–
O AfroBaile é a celebração cultural dos PALOP, a parte mais visível de CelesteMariposa, pretendendo juntar todo o seu património musical e colocá-lo no centro de todas as atenções, como merece!É o resultado de uma pesquisa intensa, desde 2009, que permitiu não só acumular material de estudo (discos, cassetes, CDs, livros e amigos) como também conhecimento mais profundo da história e estrutura das centenas de estilos musicais dos PALOP, dos seus bailes, ginga, costumes, dialectos e preocupações!Em Fevereiro damos continuidade à residência CelesteMariposta na ZDB.
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CelesteMariposa DJ
+ info: vídeo | vídeo | vídeo | vídeo | soundcloud.
Entradas: 10€ | Bilhetes disponíveis na Flur Discos, Tabacaria Martins e ZDB (quarta a sábado 18h-02h) | [email protected]
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ZDB
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