15 de Abril 2010

Atau Tanaka & Adam Parkinson | Adriana Sá

Atau Tanaka & Adam Parkinson
Regresso de Atau Tanaka à Ze dos Bois após a histórica apresentação aquando do Festival Atlântico 97. O artista nipónico virá acompanhado por Adam Parkinson, num duo que enfatisa a fisicalidade gestual da performance musical. Mediante um controlador neuro-musical – o Biomuse – Atau Tanaka mede os impulsos fisiológicos dos seus neurónios resultantes da tensão muscular por si exercida. O sinal processado resulta em cascatas de som. Tanaka tem explorado o Biomuse desde 1989, criando todo um novo repertório de gestos numa sonoridade electrónica idiossincrática.

Universos sonoros embutidos em computação servem de ponto de partida para estes dois músicos como forma de alargar o conceito de música portátil – Atau através da interface máquina – gestos corporais, e Adam suprimindo o laptop completamente.

Fundador da Sensorband com Zbigniew Karkowski e Edwin van der Heide, Tanaka colaborou com Merzbow, Otomo Yoshihide, KK Null, entre outros. Parkins procura explorar os limites da música electrónica e está interessado na experiência sensorial e fisica da música. Toca regularmente com Rhodri Davies, Edmondez Gwilly e Rezaei Mariam. SH

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Adriana Sá
Adriana tem explorado diversos modos de configurar a tecnologia para responder a eventos físicos com gestos musicais. Do seu processo de criação faz parte o desenho e construção da instrumentação. As suas partituras gráficas coreografam textura, densidade, dominância e sequenciação, mais do que tempos-relógio ou arranjos de notas.

No início deste solo, há uma acentuação da musicalidade inerente a uma paisagem sonora que todos os Lisboetas conhecem: o Cais do Sodré. Uma orquestra continua a viagem. “Windowmatter “cria espaços entre espaços. Uma cítara e um sampler / modulador delay ligam-se ao audiographics, um software (co-imaginado e codificado por John Klima) que articula processamento áudio com tecnologias 3D. O input sonoro coloca sons pré-gravados como ‘migalhas’ áudio-gráficas num mundo 3D, enquanto guia a câmara virtual pela paisagem deserta. A música desdobra-se com centros tonais flutuantes. Uma experiência imersiva que extrapola a audição com pintura em movimento. Adriana Sá

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