2 de Junho 2011

Daniel Levin | Manuel Mota & Margarida Garcia

Daniel Levin
Não é usual nas músicas improvisadas fazer do violoncelo um instrumento de contexto solo (nem Leroy Jenkins se abandonou a si tantas vezes quanto isso). Mas Daniel Levin é tudo menos uma pessoa usual. Não existe texto na sua música. Com formação clássica enquanto violoncelista, Levin arrancou há muito a âncora que o mantinha agarrado à pauta, seguindo por entre o escuro os princípios orientadores do jazz – entre o arco e o pizzicato, as suas quatro cordas assobiam na noite com uma ponta subtil de ferocidade depurada.

Colaborador frequente de incatalogáveis como Anthony Braxton, Mark Dresser, Joe Morris, Joe McPhee, William Parker ou Ken Vandermark, entre muitos outros, Levin tem vindo a ser amplamente documentado pela portuguesa Clean Feed. Apresenta na ZDB estilhaços de “Inner Landscape”, registo de absoluta excepção. MP
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Manuel Mota & Margarida Garcia

De regresso a Lisboa. depois de uma longa temporada em Nova Iorque, Margarida Garcia – nome maior da improvisação não idiomática – é provavelmente a mais internacional intérprete da sua geração. Loren Connors, Marcia Bassett, Matt Valentine ou Eddie Prévost são alguns dos nomes com quem tem colaborado. Por cá, mantém a Curia, banda que partilha com Manuel Mota, David Maranha e Afonso Simões.

Manuel Mota ocupa o imenso espaço aberto acessível apenas a um genuíno inovador. Produzindo o máximo de efeito com o mínimo de recursos, o improvisador lisboeta tem vindo desde há duas décadas a desenvolver em diferentes contextos de excepção uma linguagem contemporânea para a guitarra eléctrica, intencionalmente descontínua, conscientemente sem memória.

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Entrada: 8€