• CONCERTOS
  • 9 de Janeiro 2010

    David Maranha | Manuel Mota | Riccardo Wanke

    The magic number sessions

    David Maranha
    Figura de primeiríssima linha da música exploratória portuguesa, David Maranha tem vindo desde os anos 1990 a desenvolver um criterioso corpo de trabalho no que concerne às músicas repetitivas – sem nunca se repetir. Seja nos Osso Exótico, a solo ou num dos muitos outros colectivos a que se foi juntando ao longo dos anos (Curia, Dru, Bowline, etc.), Maranha observa a experimentação harmónica como propósito aberto da pesquisa e criação de sons infinitos – uma busca contínua centrada cada vez mais no órgão Hammond, máquina cósmica de pulsações electromecânicas apontadas ao inominável. MP

    .

    Foto de Vera Marmelo

    Manuel Mota
    Manuel Mota ocupa o imenso espaço aberto acessível apenas a um genuíno inovador. Produzindo o máximo de efeito com o mínimo de recursos, o improvisador lisboeta tem vindo desde há duas décadas a desenvolver em diferentes contextos de excepção uma linguagem contemporânea para a guitarra eléctrica, intencionalmente descontínua, conscientemente sem memória. Como a sua discografia e as suas regulares apresentações ao vivo atestam, é a solo que a complexidade técnica e a absoluta singularidade da sua música mais se tornam evidentes. MP

    .

    Ricccardo Dillon Wanke
    Experimentalista italiano há já algum tempo estabelecido em Lisboa,Ricccardo Dillon Wanke é um multi-instrumentista com uma noção muito própria de tempo e espaço. Seja em guitarra eléctrica – instrumento que irá privilegiar para esta actuação –, saxofone ou piano, Wanke trabalha em dimensões minimalistas (Alvin Lucier e Phil Niblock são duas referências que lhe estão próximas) onde o silêncio e as diferentes possibilidades relacionadas com a percepção de sons assumem uma preocupação central. MP

    .