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EXPOSIÇÕES
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Quarta 12, Quinta 13 e Sábado 15 de Abril - diversos horários
Encerramento VERBIVOCOVISUAL
Programa
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Quarta, 12 Abril:
14h- Visita Guiada à exposição por Bruno Marchand
19h – Visita Guiada à exposição por Natxo Checa
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Quinta, 13 Abril:
18h – Carlos Nogueira fala sobre Gramática Histórica na presença do autor Liberto Cruz
19h – Visita sonora por Américo Rodrigues
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Sábado, 15 de Abril:
15h – Abertura de portas exposição
17h e em diante
– Fernando Aguiar e José-Alberto Marques apresentam o livro Épicodrone e etc. de José-Alberto Marques
– Conversa por Manuel Portela em torno de alguns poemas concretos e experimentais
– POEMA AVATAR / serie Povo Novo Virtual – 2014 – (em streaming – espaço virtual) por Silvestre Pestana
– Reposição de Conferência-Objecto – com João Fernandes, Américo Rodrigues, António Poppe, Raquel Castro e Vânia Rovisco
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Quinta-feira, pelas 18h, Carlos Nogueira fará uso da palavra e do seu profundo conhecimento sobre a escrita de Liberto Cruz para nos mostrar como o concretismo poético teve no livro Gramática Histórica, de 1971, uma vertente social e política não isenta de ironia e refinado humor. Na presença do autor, Liberto Cruz, Carlos Nogueira fará uma viagem pelos conteúdos de um livro que, depois de ter sido rejeitado por inúmeras editoras, esgotou a sua primeira edição em sete dias. Diz-se que muitos o terão adquirido pensando tratar-se de uma revisão histórica da gramática portuguesa. Mas outros tantos, incluindo a censura (que chegou tarde), sabiam que este era um dos livros mais insidiosamente subversivos do início da década de 1970, e que nas suas páginas se plasmavam, com incomparável humor ataques e provocações, quer à estrutura sintática da língua portuguesa, quer às normas morais e ideológicas da sociedade que então a utilizava.
A partir das 19h, a última oportunidade para presenciar uma visita sonora de Américo Rodrigues à exposição. Com a envolvência e a intensidade que caracterizam as suas intervenções, Américo Rodrigues fará um périplo por obras de E. M. de Melo e Castro, Salette Tavares, António Aragão, Ana Hatherly, e José-Alberto Marques, entre outros. Ocasião em que se poderá comprovar a dimensão somática que as peças destes autores sugerem e que a voz deste singular intérprete concretizará.
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Sábado, 15 de Abril
Dia de cinzas da exposição Verbivocovisual. Antes de apagar as luzes, tempo ainda para celebrar aquela que foi uma das mais consequentes e reconhecidas expressões de vanguarda que Portugal produziu no século XX. Portas abertas a partir das 15h. Duas horas depois, às 17h, e para abrir as festividades, Fernando Aguiar e José-Alberto Marques reúnem-se para apresentar-nos o livro deste último, Épicodrone e etc. Explicita o autor que este curioso título espelha a sua irreprimível tentativa de permanecer consequente e em sintonia com a contemporaneidade. Admirável para um autor já septuagenário, dir-se-ia. Nada de anormal, diria o autor, sublinhando: “No meu caso pessoal, tenho tentado ao longo da vida expôr algo de avanço e actualização, consoante os graus de aprendizagem própria. Palavra ingénua, quase cruel, mas espelho do autor. Deixei que a imaginação me ditasse algo de não mui comum neste tempo. Intentei experimentar a “epicidade”, não sem a contaminar com algo de poética lírica e um certo cunho cultural, um pouco barroco.”
Dificilmente se poderia pedir uma melhor introdução ao convidado que se segue e ao assunto que o traz à ZDB. Pelas 18h Manuel Portela, director do programa doutoral de Estudos Avançados em Materialidades da Literatura, fará uma conversa em torno de uma escolha de poemas da Poesia Experimental. Mais do que uma mera referenciação, Manuel Portela fará um retrato forense destas peças: lançará sobre elas um olhar que revelará a amplitude da sua natureza experimental, que desvendará o seu significado para a construção de uma alternativa literária nos anos de 1960 e 1970 e, sobretudo, dar-nos-á ferramentas para levarmos tão longe quanto possível a experiência do encontro com estes poemas.
Por falar em experiência da contemporaneidade, eis que entrecortamos esta sequência de conversas com a apresentação, de uma obra inédita a ser criada em tempo real por um dos artistas portugueses que mais se tem debruçado sobre as potencialidades (e virtualidades) das novas tecnologias na amplificação e complexificação das experiências e das trocas humanas. Falamos de Silvestre Pestana, claro está, que sobre a sua participação nos enviou a seguinte mensagem via Messenger, naturalmente sem acentos e sem cedilhas:
“Caso queira avancar com a publicacao do programa, podera incluir em relacao a minha intervencao esta referencia: POEMA AVATAR / serie Povo Novo Virtual – 2014; participacao a distancia do avatar Vitos Flores & bot na plataforma SecondLife > V/5 Portuguese Art Foundation Sim, Angel Isles (132,30,283). Obrigado.”Por fim, e num momento que reunirá um conjunto de actuais entusiastas das práticas experimentais na poesia e nas artes, como sejam João Fernandes, António Poppe, Américo Rodrigues, Raquel Castro ou Vânia Rovisco, será reposta na ZDB a Conferência-Objecto que, em 1967, congregou autores e agentes como Ana Hatherly, E. M. de Melo e Castro, Jorge Peixinho, José-Alberto Marques ou José-Augusto França num momento que se quis tanto de afirmação quanto de reflexão em torno de um fenómeno artístico precursor do conceptualismo que lutava ainda por um pleno reconhecimento.
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VERBIVOCOVISUAL
Poesia concreta e experimental portuguesa de 1960 a 1975
Curadoria: Natxo Checa
De 12 de Fevereiro a 15 de Abril de 2017 na Galeria Zé dos Bois+informação em: Verbivocovisual
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A ZDB é Financiada pela Secretaria de Estado da Cultura –Direcção- Geral das Artes. A ZDB tem o apoio da C.M.L e do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social.
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