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CONCERTOS
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30 de Maio 2012
Michael Gira | David Maranha
Michael Gira
Ao contrário de alguns companheiros de geração (de Steve Albini a Foetus ou Jarboe), Michael Gira quis e soube construir uma carreira a solo enquanto autor de canções. Evitou envolver-se em experiências “artísticas” e não se rodeou de (muitos) colaboradores. Pegou numa viola e sentou-se. Pode parecer uma descrição injusta, atendendo à existência dos Angels of Light. Mas não é difícil confundir esta banda com o vulto e a voz do líder dos Swans.
.O despertar para as canções aconteceu em 1988, com uma versão de” Love Will Tear Us Apart”, dos Joy Division, ainda Michael Gira fazia par com Jarboe. Reza a história, que se terá arrependido (da homenagem) mas o mal (ou o bem) já estava feito. Não era apenas um corpo a exorcizar demónios num ritual bestial. Era, também, um barítono, entre John Wayne e Cash, que sabia cantar..
Na verdade, e pese embora a agressão sonora dos Swans (com a repetição, o brutalismo, a rejeição da melodia), Michal Gira nunca escondeu de onde vinha: da música popular urbana no seu sentido mais essencial e despossuído (do blues aos Suicide, passando pelos Nina Simone, Stooges ou Amon Düül, até Glenn Branca). As experiências da downtown nova-iorquina passaram-lhe, por isso, ao lado, tal como os novos géneros associados à música de dança..
Um conservador? Sim, certamente, assim o demonstrou nos Angels of Light ou a solo. Ou nos contornos estéticos com que definiu a sua Young God Records. Mas, talvez, não um reaccionário. Porque Gira pertence a outro tempo e a sua biografia dá conta disso (vejam por onde andou, o que fez, o que viu). As suas canções ainda guardam, portanto, uma gravidade áspera, que combate a distracção e o cinismo. Ainda assombram. E, o mais importante, nascem de uma convicção, de uma necessidade imprescindível. Autenticidade? Verdade? Why the fuck not? JM+ Info: Young Gods Records | Swans | Entrevista | Vídeo |Vídeo
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Há dois anos, numa noite partilhada com o duo californiano Peaking Lights, David Maranha reuniu, por uma só noite, uma banda notável. Quem passou pelo Aquário não esquece o petardo sonoro que, literalmente, varreu a sala; camada após camada, o quinteto percorreu uma contínua e abrasiva composição sonora, edificando um drone capaz de arrasar os mais empedernidos dos humanos.
Para esta noite, David Maranha preparou a sua estreia ao piano acústico, voltando a reunir-se de alguns dos mais vitais representantes da música nacional – Manuel Mota (baixo), Bernardo Devlin (orgão), Gabriel Ferrandini (bateria), Riccardo Wanke (orgão) e Ricardo Jacinto (violino). Em ano de intensa actividade – o músico editou nestes primeiros meses os majestosos “Strings” e “Obsidiana”, discos gravados com Stephan Mathieu e Z’EV, respectivamente – David Maranha regressa à Galeria Zé dos Bois para uma noite apontada ao inominável. SH
.+ Info: Site | Mana Recordings | Entrevista |Vídeo | Vídeo
.Formação:
David Maranha : piano
Bernardo devlin: orgão
Riccardo Wanke: orgão
Ricardo Jacinto: violino
Manuel Mota : baixo
Gabriel Ferrandini: bateria.
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A estadia de Michael Gira em Lisboa tem o apoio da Casa das Janelas com Vista (Rua Nova do Loureiro, 35 Lisboa)
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