• CONCERTOS
  • 17 de Dezembro 2011

    Norberto Lobo

    Norberto Lobo é um dos maiores músicos portugueses das últimas décadas. Dito assim, soa a exagero, frase deslocada, pouco verosímil. Porque a música deste guitarrista não tem nada de “grande”. Não é espectacular, monumental, pintada a crómio. Não assenta, ainda, numa discografia extensa e canonizada pela história. E consiste, mais som, menos som, nos efeitos que as mãos produzem nas cordas de uma guitarra.

    Pouco? Não, muito. Qualquer canção (da mais curta à mais desajeitada) de Norberto Lobo consegue abrir e alargar o mundo do ouvinte. E não o faz obrigada pelo tédio ou por um desejo vulgar e cínico. Mas com a alegria reservada das suas melodias, a riqueza das suas composições, o bater do coração e da pele sobre a madeira.

    É de uma conversa que trata, afinal, a música de Norberto; de uma conversa com quem (a) ouve. Quando se escuta “Balada Para Lhasa”, “Ayrton Senna”, “Pata Lenta” ou “Chuva Ácida”, o sentimento de alteridade é inefável. Ouvimos Carlos Paredes, Jack Rose, Tom Jobim, Ry Cooder, John Fahey. Ouvimos Norberto Lobo. E ouvimo-nos a nós próprios.

    É daí que vem a grandeza da sua música. Com ela, nunca estamos sozinhos. Ao Aquário trará os temas do enorme Fala Mansa, seguramente o seu disco mais consistente, assim como estreará material a constar no seu próximo registo a solo, a editar no decorrer do próximo ano. JM

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    Entrada: €8 |  Bilhetes em venda antecipada nas lojas Flur e Matéria Prima
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