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EXPOSIÇÕES
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Sexta 28, às 19h e Domingo 30, às 17h
Programação Paralela a ATOL Deuses Inúteis
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Para assinalar o encerramento da exposição ATOL Deuses Inúteis de Gonçalo Pena, a ZDB propõe uma visita guiada com o artista e com o curador e, em colaboração com a TERRATREME, a exibição do documentário Atelier de Susana Nascimento, sobre o espaço de trabalho do pintor Gonçalo Pena, seguida de uma conversa entre José Manuel Costa e Nuno Faria sobre o filme de arte como género a problematizar.
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To mark the end of the exhibition ATOL Deuses Inúteis , ZDB proposes a guided tour of the show with the artist Gonçalo Pena and curator Natxo Checa. In collaboration with TERRATREME, there will also be a screening of the documentary ´Atelier´ by Susana Nascimento Duarte, offering a glimpse into the painter´s workspace. This will be followed by a conversation between José Manuel Costa and Nuno Faria about the cinematic representations of the work of art and the artist.
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Sexta, dia 28 às 19h
Visita Guiada à exposição
Com Gonçalo Pena e Natxo Checa
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Friday, November 28 at 19h
Guided tour of the exhibition with Gonçalo Pena and Natxo Checa
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Domingo, dia 30 às 17h
ATELIER
Projecção de um filme de Susana Nascimento Duarte, com Gonçalo Pena
Seguida de conversa com José Manuel Costa e Nuno Faria
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Sunday, April 30 at 17h
ATELIER
Screening of the film ´Atelier´ by Susana Nascimento Duarte, with Gonçalo Pena
Followed by a discussion with José Manuel Costa and Nuno Faria
Portugal I 2011 I 84’ I HD I 16:9 I CorO atelier do pintor Gonçalo Pena confunde-se com o seu trabalho, revelando uma ocupação do espaço que se reparte entre os momentos solitários e silenciosos dedicados à pintura e os momentos partilhados dedicados às conversas com os que o visitam.
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The ‘Atelier’ of the painter Gonçalo Pena confounds with it’s own work, revealing a place divided; from periods of solace and silence as he dedicates himself to his work, to those shared moments devoted to conversations with those who come and visit.
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.O filme de arte – representações do artista e da obra pictórica no Cinema
Conversa com José Manuel Costa e Nuno Faria
A projecção de Atelier, de Susana Nascimento Duarte, no contexto da Exposição “Atol”, será o ponto de partida para uma conversa entre José Manuel Costa e José Luís Porfírio, em torno do filme de arte como género a problematizar.
O mote geral é a análise e questionamento da dramaturgia característica dos documentários de arte, que se define, em traços largos e na maioria dos casos, pela busca de uma síntese da obra (pictórica) através de um conjunto de procedimentos, muitos dos quais entretanto tornados convencionais, de desvelamento dos seus processos a partir do inquérito do percurso plástico e biográfico do artista.
No caso de Atelier, a motivação do filme não foi determinada por nenhuma forma prévia, inclusive a que poderia elaborar-se a partir dos exemplos tradicionais dos filmes de arte descrita acima. O filme nasceu, antes, do desejo de acompanhar os acontecimentos e ritmos de vida do atelier, através da exploração cinematográfica dos dados espaciais, paredes, janelas, objectos, quadros, figuras, cores, texturas, volumes, e das suas variações ao longo do tempo; a tentativa foi a de apreender este atelier em particular como o lugar de um movimento onde se revelam, sem comentário ou explicação, não só o pintor e a sua pintura, mas também uma temporalidade vivida onde se inscrevem diversos gestos e situações – a música que se põe, os amigos e conhecidos que entram no atelier para ver e conversar, as fotografias que se tiram para compor um diário de atelier, o telemóvel que regula o mundo à distância… Materiais, tintas, pincéis, a máquina fotográfica, os usos e acções que os envolvem, mas também todos o que passam no atelier, a presença quase constante da música, livros de imagens, fontes de inspiração ou modelos para as composições nos quadros, os diferentes tamanhos e disposições variadas das telas, as formas figurativas que deixam adivinhar, estruturam o espaço dando-lhe uma identidade que prolonga ou reflecte as preocupações evidenciadas na pintura de Gonçalo Pena. Por outro lado, a própria arquitectura, entre o vivido e o abandonado, parece convocar e exigir o reportório e tipologia de imagens que se liberta das pinturas, realçando uma peculiar adequação à sua exposição.
O visionamento de Atelier surge, assim, como pretexto para desafiar os dois convidados a reflectirem sobre as categorias históricas de “autor/criador” e “obra” na definição dos contornos das representações cinematográficas sobre um dado trabalho artístico; a discutirem opções de tradução cinematográfica da obra pictórica, nomeadamente como reconstituição do discurso latente do artista, procura das suas intenções, quer por intermédio da sua transcrição em palavras, quer através da sua transcrição na matéria da pintura, linhas, cores, superfícies; a ponderarem a possibilidade do cinema como meio, justamente, de desligar a aproximação à obra de um artista dessas mesmas unidades de sentido, “artista” e “obra”; a sugerirem filmes que retratem uma cumplicidade entre cinema e pintura, por exemplo, desprendida da centralidade daquelas unidades discursivas.
Susana Nascimento Duarte
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Notas Biográficas
Nuno Faria – Curador Independente
José Manuel Costa – Subdirector da Cinemateca Portuguesa e Professor de Documentário na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.
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ATOL DEUSES INÚTEIS
De Gonçalo Pena, curadoria Natxo Checa
Exposição patente até 30 de Setembro
Quarta a sexta das 18h às 23h, Sábados das 15h às 23h – Galeria Zé dos Bois
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Sexta, dia 28 às 19h
Visita Guiada à Exposição
Com Naxto Checa e Gonçalo Pena
* sob a marcação
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Domingo, dia 30 às 17h
Exibição Atelier de Susana Nascimento,
Seguida de conversa com José Manuel Costa e Nuno Faria
+ info: http://www.terratreme.pt/
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Galeria Zé dos Bois
Rua da Barroca, 59 – Lisboa (Bairro Alto)
Tlf: +351 213430205 | [email protected] | www.zedosbois.org
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Entrada Livre
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